Empresas de todos os portes aderem à computação em nuvem para acessar informações, serviços e sistemas de qualquer lugar, reduzindo a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura física. No entanto, essa migração para ambientes digitais também atrai uma atenção indesejada: a de cibercriminosos. Garantir a segurança na nuvem é, portanto, um pilar fundamental para proteger os dados de seu negócio e manter a conformidade legal.
Para o gestor jurídico, a segurança da informação na nuvem é um elemento estratégico que impacta diretamente a mitigação de riscos, a tranquilidade jurídica e a conformidade com a LGPD.
Por isso, neste artigo, vamos detalhar o que é a segurança em nuvem e como implementá-la, com foco nas preocupações específicas do ambiente jurídico. Acompanhe para tirar suas dúvidas!
O que é segurança na nuvem no contexto jurídico?
Segurança na nuvem é um termo abrangente que engloba tecnologias, protocolos e práticas recomendadas para proteger informações armazenadas e processadas em ambientes de nuvem.
No contexto jurídico, isso aumenta a proteção de dados sensíveis, processos judiciais, informações de clientes e de toda a infraestrutura digital que sustenta a operação de um escritório ou departamento jurídico.
Mais do que salvaguardar informações, trata-se de garantir a privacidade, a integridade e a conformidade desses dados com as leis vigentes, como a LGPD.
Desmistificando o medo: por que a nuvem profissional é mais segura que um servidor local?
Existe uma crença comum de que a nuvem não é segura o suficiente para proteger dados sensíveis. Contudo, essa percepção é um mito. Provedores de serviços em nuvem investem massivamente em medidas de segurança avançadas, que superam a capacidade interna da maioria das empresas. Com equipes dedicadas de especialistas, monitoramento constante de ameaças e atualizações de segurança regulares, a nuvem profissional oferece um nível de proteção que dificilmente seria alcançado por um servidor local.
Os pilares da segurança: criptografia, redundância e controle de acesso
Os pilares essenciais para uma segurança robusta na nuvem são:
- Criptografia: transforma dados em códigos indecifráveis sem a chave correta, protegendo-os em trânsito e em repouso.
- Redundância: garante que os dados sejam replicados em múltiplos locais, assegurando a disponibilidade mesmo em caso de falha de hardware ou desastre.
- Controle de acesso: define quem pode acessar quais informações e em que condições, limitando privilégios e prevenindo acessos não autorizados.
Como a nuvem funciona sendo um banco de dados?
Os bancos de dados baseados na nuvem (também conhecidos como DBaaS – Database as a Service) permitem que os usuários armazenem, gerenciem e recuperem dados — estruturados, não estruturados ou semiestruturados — por meio de uma plataforma acessível via internet.
Geralmente vendidos como serviços gerenciados, esses bancos de dados oferecem escalabilidade, alta disponibilidade e são um componente vital da infraestrutura de segurança na nuvem para empresas, incluindo aquelas do setor jurídico.
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Por que a segurança em nuvem é mais forte que a convencional?
Os provedores de nuvem possuem expertise e recursos para implementar medidas de segurança avançadas, como criptografia de ponta, firewalls sofisticados e detecção de intrusão, que superam a capacidade da maioria das empresas internamente.
Além disso, eles contam com equipes especializadas que monitoram constantemente ameaças e fazem atualizações, garantindo a proteção contínua dos dados. É importante ressaltar que a maioria dos ataques cibernéticos resulta de falhas na configuração e de práticas não recomendadas dos usuários, e não de vulnerabilidades inerentes aos sistemas de nuvem.
Como as tecnologias de criptografia contribuem para a segurança em nuvem?
A criptografia de dados é fundamental para proteger informações privadas e confidenciais. Ela codifica blocos de dados, transformando-os em um texto cifrado que só pode ser decodificado com uma chave específica.
Diferentes algoritmos garantem que, mesmo que um invasor intercepte os dados, eles permaneçam ilegíveis sem a chave de descriptografia, assegurando a confidencialidade e a integridade da informação na nuvem.
Como posso garantir a segurança na nuvem?
Garantir a segurança na nuvem vai muito além de contratar um bom provedor: envolve também disciplinar processos internos, criar políticas de acesso e adotar rotinas essenciais para proteger dados sensíveis.
A seguir, veja alguns cuidados indispensáveis para manter um ambiente seguro, confiável e preparado para responder a incidentes.
1. Mantenha os backups em dia
Os backups são essenciais para a recuperação de dados em caso de corrupção ou perda. Ao contratar um serviço de nuvem, verifique a política de backup oferecida. Uma rotina bem definida é essencial para a estabilidade, segurança e recuperação dos sistemas.
2. Cuidado com as senhas de acesso
O uso de senhas fortes e o controle rigoroso de acessos são fundamentais. Crie diferentes níveis de usuários, concedendo permissões específicas e restringindo a visibilidade de dados estratégicos para evitar vazamentos. Uma política de segurança da informação deve ser estabelecida para guiar a equipe.
3. Mantenha seu antivírus atualizado
Cibercriminosos utilizam diversos vetores de ataque. Manter o antivírus atualizado é vital para corrigir falhas no sistema e proteger contra ameaças.
Como avaliar a segurança na nuvem de um fornecedor de tecnologia?
A escolha de um provedor de serviços na nuvem é uma decisão estratégica que exige rigorosa avaliação. Para o gestor jurídico, é fundamental garantir que o fornecedor adote as melhores práticas de segurança da informação na nuvem.
1. Acesso privilegiado de usuários
Verifique como o provedor gerencia e monitora o acesso privilegiado de usuários. Softwares de gestão que controlam a rede e geram logs são essenciais para identificar irregularidades. O privilégio de administrador deve ser cuidadosamente monitorado para evitar brechas graves.
2. Compliance com a regulamentação
A empresa é responsável pela segurança e integridade das informações. Certifique-se de que o provedor tem um compromisso claro com o compliance e a regulamentação (como a LGPD no Brasil). Questione como eles garantem que os colaboradores tratam informações sensíveis.
3. Localização dos dados
A localização dos servidores pode gerar implicações legais e de desempenho. O provedor deve ter o compromisso contratual de armazenar e processar dados conforme a legislação do seu país, e oferecer ferramentas para verificar essa conformidade.
4. Segregação de dados
É comum que múltiplos clientes compartilhem o mesmo ambiente. Entenda como o provedor isola os dados em sua estrutura e qual criptografia utiliza. Essas informações devem ser fornecidas antes da contratação.
5. Recuperação dos dados
O provedor deve oferecer rotinas de backup e transparência em caso de problemas. O Service Level Agreement (SLA) de recuperação deve ser detalhado em contrato, definindo responsabilidades e processos para casos de desastres.
6. Apoio à investigação
Os contratos devem incluir o compromisso de seguir definições legais e pré-definir processos para auditorias e investigações. Isso garante transparência e reduz o estresse em crises.
7. Viabilidade a longo prazo
O contrato deve garantir que os dados armazenados estarão disponíveis para recuperação e transferência caso a empresa decida migrar para outro servidor, assegurando a autonomia do cliente em qualquer cenário.
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Quando devo investir em segurança na nuvem?
Empresas que usufruem dos benefícios da computação em nuvem — acessibilidade irrestrita, eficiência operacional e escalabilidade — devem investir no gerenciamento de segurança da informação nesses ambientes. O investimento garantirá a continuidade desses benefícios, além de:
Minimizar a exposição de dados essenciais
Com criptografia e tokenização, a nuvem ajuda a manter dados confidenciais seguros, permitindo o armazenamento remoto de informações sigilosas para maior proteção.
Mitigar ataques
Soluções antimalware e antivírus sofisticadas aumentam a segurança dos dados, protegendo estações de trabalho contra diversas ameaças, com atualizações automáticas e regulares.
Segurança de backup em nuvem
A virtualização permite login seguro para acesso remoto a informações. Com backups em nuvem, a empresa ganha mais segurança diante de acidentes graves, garantindo a continuidade dos negócios.
Tipos de segurança na nuvem, em estruturas
A segurança na nuvem está apoiada em frameworks, normas internacionais e boas práticas que ajudam empresas a padronizar processos, reduzir riscos e garantir conformidade. Esses modelos servem como referência para avaliar fornecedores, estruturar políticas internas e aprimorar continuamente o ambiente tecnológico.
Compreender essas estruturas é essencial para definir critérios sólidos de segurança, melhorar a governança de dados e apoiar decisões mais estratégicas na contratação ou na operação de serviços em nuvem.
Organização Internacional para Padronização (ISO)
Os ISOs 27017 e 27018 são padrões internacionais dedicados à segurança na nuvem, oferecendo listas de verificação para o estabelecimento de novos sistemas.
Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST)
Organização de normas sediada nos EUA, o NIST fornece listas de verificação de estrutura para sistemas e artigos sobre problemas específicos.
Cloud Security Alliance (CSA)
O CSA é um conjunto de normas operacionais que oferece formulários e questionários detalhados para autoavaliação e auditoria técnica de fornecedores.
Quais os principais diferenciais da segurança em nuvem?
A segurança em nuvem possui características próprias que a distinguem dos modelos tradicionais de TI, especialmente pela forma como os dados são armazenados, escalados e integrados a outros sistemas. Em um ambiente amplamente distribuído, a proteção precisa acompanhar o ritmo das operações, garantindo estabilidade mesmo em estruturas altamente dinâmicas.
Entender esses diferenciais é essencial para avaliar riscos, definir estratégias de proteção e extrair o máximo do potencial da computação em nuvem, sem abdicar da segurança e da governança da informação.
Armazenamento de dados
Modelos antigos dependiam do armazenamento local, o que era caro e complexo. A nuvem reduziu custos e complexidade, embora eliminando parte do controle direto do usuário.
Dimensionamento de velocidade
A nuvem escalona sistemas rapidamente. Essa agilidade exige que a segurança acompanhe o ritmo das mudanças empresariais.
Interface com o sistema do usuário final
Sistemas em nuvem interagem com diversos outros, exigindo proteção desde o dispositivo do usuário até o software e a rede.
Proximidade com outros dados e sistemas em rede
A nuvem é uma rede vasta. A exploração de um componente fraco pode comprometer outros, tornando a proatividade e a colaboração entre usuários e provedores essenciais.
Quais são os principais tipos de ameaças cibernéticas que podem atacar sua nuvem?
A segurança em nuvem depende tanto da tecnologia quanto do comportamento humano, e por isso conhecer os principais vetores de risco é essencial para gestores jurídicos. Compreender essas ameaças permite antecipar vulnerabilidades, fortalecer processos internos e implementar camadas de proteção que reduzem drasticamente a exposição da organização.
1. Partilha de chaves de acesso
A partilha de chaves de acesso ou logins entre usuários é um risco grave. Cada um deve ter uma credencial única, idealmente com autenticação por certificados digitais, para facilitar a auditoria e evitar abusos.
2. Falhas contratuais
Termos sobre falência do provedor, rompimento de contrato e o destino dos dados devem ser claros e definidos em contrato, incluindo prazos para migração.
3. Despreparo dos colaboradores
A falta de treinamento e conscientização das equipes sobre o uso seguro da nuvem, especialmente em dispositivos móveis, pode comprometer a segurança.
4. Vazamento e roubo de dados
Consequências diretas de falhas de segurança, com potencial de multas pesadas por não conformidade com a LGPD.
5. Ameaças internas
Usuários mal-intencionados ou descuidados podem ser fontes de vazamentos e fraudes, destacando a necessidade de controle de acesso rigoroso.
6. Sequestro de contas
Cibercriminosos podem obter acesso a contas de usuário, comprometendo sistemas e dados.
7. DoS (Denial of Service)
Ataques que sobrecarregam sistemas para torná-los indisponíveis, impactando a continuidade dos negócios.
8. Malware
Programas maliciosos projetados para infectar, danificar ou roubar dados de sistemas.
Desafios para melhorar a segurança na nuvem atualmente
A evolução da tecnologia em nuvem trouxe velocidade e escalabilidade, mas também aumentou a complexidade da gestão de segurança. Hoje, empresas precisam lidar com ambientes distribuídos, múltiplos sistemas conectados e riscos que estão em constante transformação.
Má configuração de recursos
A maioria das violações de dados ocorre devido a recursos mal configurados na nuvem, especialmente controles de acesso. A autenticação multifator (2FA, MFA) é essencial para mitigar esses riscos.
Gestão de nuvem híbrida
Ambientes de nuvem híbrida podem complicar a segurança, exigindo atenção extra a vulnerabilidades em autorizações, autenticação, transferência de dados e conformidade.
Riscos de IAs gratuitas para advogados
O uso de ferramentas de IA gratuitas por advogados, que muitas vezes não têm robustos padrões de segurança e privacidade, pode expor dados sensíveis e gerar riscos significativos de conformidade e vazamento.
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Além do armazenamento: por que a gestão de acessos é o ponto central da segurança?
A segurança na nuvem vai muito além de armazenamento de dados. Seu verdadeiro foco reside na gestão de acessos. Para o ambiente jurídico, onde certificados digitais são a “chave” para sistemas vitais e informações confidenciais, controlar quem acessa o quê, quando e como é essencial.
Uma falha nesse controle significa risco de vazamento de dados, fraudes e pesadas multas por não conformidade com a LGPD. A gestão de acessos é o que materializa a segurança, transformando a nuvem em um ambiente verdadeiramente protegido para seus ativos digitais mais críticos.
Como o Whom trabalha com segurança na nuvem?
O Whom.doc9 é a melhor solução para a gestão segura de certificados digitais, idealizada para gestores jurídicos que não abrem mão da segurança e da conformidade.
Diferente de soluções que exigem a instalação de programas autenticadores locais, o Whom.doc9 armazena o certificado digital diretamente na nuvem, gerenciando a autenticação do documento e o acesso às plataformas de forma centralizada.
Por meio de uma extensão no navegador do usuário, protegida por um código token, a nossa solução oferece gestão de acessos segura e descomplicada. O gestor pode configurar, conceder e controlar permissões utilizando um único certificado digital, garantindo que somente usuários autorizados acessem informações sensíveis.
Como uma ferramenta totalmente SaaS, o Whom.doc9 não só protege suas informações, mas também restringe atividades para os demais usuários, oferecendo tranquilidade jurídica, conformidade com a LGPD e o diferencial de ter uma equipe de suporte especializada.
Segurança na nuvem não é apenas armazenamento, é gestão
Para empresas, especialmente no setor jurídico, garantir a segurança na nuvem é mais do que uma opção; é uma necessidade estratégica. Não é apenas sobre onde os dados estão, mas como eles são gerenciados, acessados e protegidos.
É fundamental escolher um provedor que priorize a segurança, ao mesmo tempo em que foca em treinamentos de equipes para utilizar os sistemas corretamente. A segurança na nuvem é, em sua essência, a gestão inteligente e proativa dos ativos digitais, garantindo a conformidade e a mitigação de riscos em um ambiente digital cada vez mais desafiador.
Não deixe que falhas de gestão, ou acessos indevidos, coloquem em risco os dados sensíveis do seu escritório ou departamento jurídico. Com o Whom.doc9, você centraliza a gestão de certificados digitais na nuvem, garante conformidade com a LGPD e conta com suporte especializado sempre que precisar.
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Perguntas frequentes
Invista assim que sua empresa começar a usar serviços em nuvem. Isso protege dados sensíveis e garante conformidade legal desde o início.
A nuvem oferece acessibilidade remota, escalabilidade flexível e redução de custos de infraestrutura física. Também facilita o compartilhamento e aumenta a redundância dos dados.
A nuvem privada dá maior controle sobre segurança e personalização da infraestrutura, sendo ideal para dados sensíveis e requisitos de conformidade específicos.






