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Futuro do Direito

A ciência do Direito está em conformidade com a sociedade, adaptando-se a cada geração e ressignificando a sua constituição diante das necessidades humanas.

Com o avanço na tecnologia, muitos mercados sofreram mudanças significativas. As instituições bancárias, por exemplo, agora disponibilizam suas principais funções via aplicativos de celular, permitindo que os consumidores executem ações que antes eram restritas às agências ou caixas eletrônicos.

Uma compra no mercado, que há alguns anos era limitada à ida ao estabelecimento, agora pode ser resumida a um pedido pelo Ifood, feito a qualquer hora e com entrega até mesmo gratuita. Tudo na palma da mão, graças ao avanço da tecnologia.

A transformação digital, principalmente após os anos 2010, trouxe uma nova faceta para o mundo. Novas possibilidades, novos comportamentos, novas facilidades. Contudo, tantas mudanças geraram um lapso na sociedade. 

Havia uma lacuna na legislação brasileira, que não previa consequências específicas para comportamentos incorretos que aconteciam na internet. Com isso, as pessoas se sentiam livres para fazer qualquer coisa no ambiente digital, contando com a impunidade. 

Para se adequar a tantas mudanças, a ciência do Direito precisou criar leis que protegem dados e o uso das IAs, leis que criminalizam determinados comportamentos nas redes e muito mais. Todos os dias se discute uma nova legislação, com o propósito de garantir o bem-estar das pessoas dentro e fora da internet.

O futuro do Direito, diante de tantos avanços, está intrinsecamente relacionado ao digital. E a população, assim como a própria ciência que legisla pelo mundo, precisa andar em conformidade. 

Entenda, a seguir, qual o futuro do Direito perante a transformação digital e quais são as principais tendências para as quais os profissionais da área precisam se preparar.

Como as novas tecnologias estão mudando as rotinas dos advogados?

Juiz segurando um tablet em uma sala de tribunal.

O futuro do Direito está correlacionado com a tecnologia. Isso porque até mesmo serviços básicos para a rotina dos advogados, como o andamento dos processos, hoje passaram a ser realizados por meio da internet. 

Antes, para um profissional consultar trechos processuais, era necessário se deslocar até o fórum, solicitar o arquivo físico e passar folha por folha, até encontrar a informação de interesse. 

Nos dias de hoje, todos os documentos ficam salvos em data centers ou na nuvem, permitindo que o advogado digite pelo número do processo e, em segundos, encontre as informações necessárias. 

Em resumo, as novas tecnologias estão mudando a rotina do advogado para melhor. Serviços que antes eram zero produtivos agora são minimizados ou executados pela máquina, enquanto o profissional pode focar no seu core business: oferecer o melhor atendimento possível aos seus clientes.

Ainda existe a necessidade de certa adaptação de algumas tecnologias à rotina dos escritórios, mas nada que fuja do futuro previsto para o Direito. Confira os impactos das principais tecnologias nas rotinas advocatícias:

Saiba quais foram as últimas inovações jurídicas do mercado brasileiro

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) é uma das tecnologias que fazem parte do futuro do Direito. Isso se deve não só às novas legislações que estão surgindo sobre o seu uso, mas também ao fato de essa ser uma ferramenta que os advogados podem usar em sua rotina de trabalho. 

Tarefas pouco produtivas, como a consulta à jurisprudência, podem ficar sob responsabilidade da IA. Basta pedir ao Chat GPT, por exemplo, para interpretar determinada lei e retornar com as melhores orientações.

Além de reduzir a sobrecarga de trabalho do advogado, a IA pode agilizar demandas demoradas e zero rentáveis. 

Segurança e privacidade

Quando a internet teve o seu boom de crescimento na sociedade, as redes se transformaram em uma “terra sem lei”. O uso dos dados era indiscriminado, sem normas que cuidassem das informações sensíveis dos usuários e que garantissem segurança no mundo virtual. 

Atualmente, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD – Lei nº 13.709 ) garante direitos fundamentais para os usuários, legislando a favor do bom senso das empresas ao coletarem informações acerca de cada pessoa que está na internet.

Tanto advogados como outros profissionais no mercado precisam se atentar à forma como manipulam dados sensíveis dos usuários, sem expor informações particulares na internet. O futuro do Direito também pensa na privacidade e segurança digital, respeitando cada IP como uma pessoa por trás da tela. 

Transformação Digital

A transformação digital é o que rege toda a mudança que aconteceu nos últimos anos. Com a inserção da tecnologia na sociedade, o comportamento humano mudou – e o Direito precisou acompanhar essa transformação.

Os serviços, agora presentes em apps e e-commerces, são regidos pelas leis digitais. O futuro do Direito prevê ainda mais mudanças, mas sempre relacionadas às novas tecnologias e às possibilidades que elas trazem para o convívio humano.

Na rotina de trabalho, a transformação digital possibilitou que escritórios de advocacia optassem por sistemas inteligentes em detrimento aos documentos físicos. Tal mudança foi fundamental para a digitalização de documentos jurídicos, que antes se perdiam (seja pela degradação do tempo ou mesmo na organização do ambiente) com facilidade.

Vale destacar que a ética e a moral também se moldam diante da transformação digital, mas sem perder a sua essência. O que sempre vai dominar, em qualquer ocasião, é o bem-estar da sociedade.

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Importância de se atualizar na área

O advogado que busca se destacar no mercado precisa se atualizar sobre as novas tecnologias. Isso porque os avanços estão sempre relacionados com a área tech, sendo extremamente importante acompanhar cada novidade que acontece no segmento.

Além disso, estar atualizado quanto às novidades na tecnologia permite que o profissional aplique novos sistemas na sua rotina de trabalho. A própria Inteligência Artificial reduz a carga de serviço e diminui custos para o escritório.

As maiores instituições brasileiras já adotaram a tecnologia como braço direito e aconselham seu uso. Quase tudo está hospedado na internet e funciona de forma digital, dispensando recursos manuais e pouco produtivos.

Quais as tendências para o futuro do Direito?

Advogado trabalhando com laptop e documentos em uma mesa.

As principais tendências para o futuro do Direito envolvem novas tecnologias e novas formas de executar as tarefas da profissão.  Algumas delas já estão a todo vapor, como a Inteligência Artificial, enquanto outras são previstas pelo mercado. 

Veja quais são as três mais esperadas:

  • Legal Ops: o termo “Legal Ops” significa um conjunto de operações que facilitam a rotina dos escritórios de advocacia, com o intuito de agilizar o trabalho do profissional e dos respectivos clientes. As novas tecnologias, em suma, funcionam em conformidade com essa tendência.

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  • IA Generativa: diferente de outras vertentes da Inteligência Artificial, a IA Generativa aprende comportamentos humanos e desenvolve a sua própria linguagem, com o propósito de reproduzi-la em formatos de textos, imagens, vídeos, etc.

Inteligência artificial na advocacia: desafios e oportunidades

  • Compliance: se trata da implementação de políticas dentro da cultura organizacional de uma empresa, a fim de deixar todos em conformidade com as normas estabelecidas no ambiente de trabalho.

O que é Compliance e qual a sua importância nas empresas

Novas áreas jurídicas

Outra tendência que está em andamento e que tem provisões bastante importantes para o futuro do Direito são as leis digitais.

A legislação brasileira já compactua com o Direito Digital. Nos dias de hoje, existem várias leis que garantem os direitos e deveres dos usuários contra crimes cibernéticos, como o Marco Civil da Internet e a Lei Carolina Dieckmann.

Futuro do Direito no Brasil

Em resumo, o futuro do Direito no Brasil está conectado às novidades do mercado de tecnologia. Isso se justifica pois a sociedade anda lado a lado com a área tecnológica, sempre optando por novos recursos e melhorias que surgem nas redes.

O Direito Digital, que está em plena expansão, promete subir de patamar nos próximos anos. A tendência é que cada vez mais usuários usem ferramentas on-line para executar funções básicas, sendo necessário reger pela segurança e direito do consumidor em qualquer lugar.

Embora o Marco Civil da Internet tenha criado as primeiras leis para a rede digital, a tendência é que surjam novas legislações que estejam de acordo com o momento atual da sociedade. A tecnologia muda a todo instante, sendo função do Direito estar de acordo com cada passo da humanidade.

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Como se preparar para o futuro do Direito?

Advogados e demais profissionais do Direito precisam, em primeiro lugar, acompanhar as novidades do mercado de tecnologia. Onde menos se imagina existe um recurso tecnológico, como nas geladeiras frost free, televisões smart, entre outros. O mesmo acontece com a rotina de uma pessoa, que acorda e vai dormir com o celular na mão. 

Quase sempre aparecem novidades bombásticas no mercado de tecnologia, que podem mudar a rota que o mundo caminha. Quando isso acontece, cabe aos profissionais (inclusive do Direito) ficarem atentos às novas mudanças e adaptarem-se ao novo cenário. 

Algumas dicas simples e valiosas, que podem mudar a vida do profissional, são:

  • Acompanhar portais de notícia sobre tecnologia e afins;
  • Ver o que os usuários estão falando nas redes sociais e o que é trending topics (ou seja, o que está em alta) na boca do povo;
  • Buscar por novas especialidades, fora o que a própria área do Direito oferece para os advogados;
  • Entender com os clientes e leads se existe algo que pode melhorar na advocacia.

Resumindo, são passos básicos no dia a dia que podem ser a chave para a conformidade com o mercado. E não só isso, mas estar à frente dos concorrentes e alinhado com o futuro do Direito. 

Conclusão

O futuro do Direito anda de mãos dadas com a tecnologia. O advogado que procura destaque no mercado deve estar em conformidade com as mudanças que acontecem nesta área, sendo essencial conhecer as novidades e experimentá-las na rotina de trabalho. 

Não é necessário saber sobre tudo de imediato, muito menos “engoli-las” a seco. O profissional pode entender um pouco mais acerca de cada tendência, estudar se vale a pena ou não adotá-las, para depois usá-las como um novo recurso dentro do escritório de advocacia ou departamento jurídico.

O que não pode ocorrer, em hipótese alguma, é ignorar as mudanças que estão acontecendo e as tendências que regem o futuro do Direito. Profissionais que não acompanham as novidades na tecnologia possuem menos diferenciais competitivos no mercado.

Por fim, independente da adoção de novas tendências ou da escolha por uma vertente mais convencional, o advogado precisa saber sobre o Direito Digital e sua importância para a sociedade. 

As pessoas possuem uma vida real e uma vida on-line, que dependem de direitos e deveres comumente. Cabe ao profissional da área garanti-las sempre.

Se você curtiu o assunto e quer saber mais sobre Direito Digital, tecnologia e outros assuntos jurídicos, continue no Blog da doc9!

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