Quando falamos de segurança digital, o certificado digital A3 é frequentemente visto como o padrão ouro, uma escolha para profissionais e empresas que não abrem mão da máxima proteção para documentos digitais.
Se você optou por este modelo, é provável que tenha sido por um motivo claro: a segurança robusta. A ideia de ter suas credenciais guardadas em um cofre de hardware isolado.
No entanto, a mesma proposta que torna o certificado A3 tão seguro também impõe limitações práticas. A dependência de um token físico ou de um cartão com leitora pode criar gargalos de produtividade, especialmente em um ambiente de trabalho cada vez mais ágil, colaborativo e remoto.
Mas e se fosse possível unir o melhor dos dois mundos? Manter a segurança inviolável do hardware, que você já conhece e confia, mas com a flexibilidade e a eficiência da nuvem?
Este guia completo irá explorar o certificado digital A3: o que é, como ele funciona, suas mídias, vantagens, desvantagens e, principalmente, como a tecnologia evoluiu para um novo patamar de uso.
O que é um certificado digital tipo A3?
Para entender o que é um certificado digital A3, é preciso focar em sua arquitetura de segurança. A sigla “A3” refere-se ao método pelo qual o par de chaves criptográficas (uma pública e uma privada), que formam a base da sua assinatura digital.
No caso do A3, todo esse processo ocorre dentro de um hardware específico, chamado de mídia criptográfica, que nunca é exposta ao computador, à rede ou à internet.
Quando você assina um documento, seu computador envia uma solicitação à mídia, que realiza uma operação criptográfica internamente e devolve apenas a assinatura pronta. É essa barreira física que o torna tão seguro e resistente a ataques virtuais.
Quais são os formatos do certificado A3?
O conceito de “mídia criptográfica” se materializa em dois dispositivos físicos principais, o token e o smart card, ambos amplamente utilizados no mercado.
O token A3
O token A3 é, talvez, a imagem mais comum que vem à mente. Trata-se de um dispositivo USB que oferece praticidade de transporte e uso, já que pode ser facilmente conectado a qualquer computador ou notebook que possua uma porta USB.
Ao ser conectado, e após a instalação dos softwares necessários (drivers), ele fica pronto para ser ativado mediante a inserção de uma senha pessoal (PIN), liberando as assinaturas. Para quem precisa de mobilidade e segurança, o certificado digital em token se tornou uma escolha popular.
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O smart card A3
O smart card, ou cartão inteligente, é a outra forma de armazenamento para o certificado digital A3. Como o nome sugere, ele tem o formato de um cartão, com um chip metálico.
O exemplo mais familiar para os profissionais do direito é a própria carteira de advogados, que conta com um chip para a certificação digital OAB.
Mas, para utilizá-lo, é indispensável uma leitora de cartões, na qual o smart card é inserido e que, por sua vez, é conectado ao computador via USB.
Certificados digitais em nuvem: a evolução do token
Depois de entender as mídias físicas, surge a pergunta: e se fosse possível ter a segurança máxima de um certificado A3 sem precisar carregar fisicamente o token ou a leitora? É exatamente essa a proposta do certificado digital em nuvem, a evolução natural dessa tecnologia.
Neste modelo, o certificado A3 é armazenado com alta segurança em HSM (Hardware Security Module). Pense nisso como um super-cofre digital em um data center, projetado exclusivamente para proteger chaves criptográficas com múltiplas camadas de segurança, muito superior a um simples token.
A assinatura continua ocorrendo dentro de um hardware seguro, mantendo o princípio de inviolabilidade do A3. No entanto, para o usuário, a experiência é transformada: o acesso é feito de qualquer computador através de uma plataforma online.
Qual a diferença entre o certificado digital A1 e o A3?
Enquanto o certificado A3 prioriza o armazenamento seguro através do isolamento em hardware, o certificado digital A1 consegue garantir um alto nível de segurança também, porém opta pela flexibilidade, sendo um arquivo de software (com extensão .pfx ou .p12).
No certificado digital A1, as chaves são geradas e armazenadas diretamente no computador do usuário. Isso o torna mais ágil para o uso em equipe e em sistemas automatizados, pois o arquivo pode ser instalado em diversas máquinas.
Contudo, sua segurança fica diretamente atrelada à segurança do dispositivo onde está instalado, tornando-o mais vulnerável a cópias indevidas e ataques de malware, mas já existem ferramentas no mercado que garantem um alto nível de segurança para a gestão dos acessos desses certificados, com criptografia avançada.
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Vantagens e desvantagens do certificado A3
A decisão por um certificado A3 envolve a segurança da chave privada, que não pode ser copiada, exportada ou roubada por softwares maliciosos. Além disso, sua validade estendida, de 3 ou 5 anos, diminui a frequência de renovações.
Contudo, essa fortaleza física traz consigo desafios operacionais na rotina dos departamentos jurídicos de médias e grandes empresas, e de escritórios de advocacia.
A maior desvantagem é a dependência do objeto físico:
- Esquecer os tokens em casa pode significar a perda de um prazo;
- Danificar ou perder o dispositivo exige a revogação e a emissão de um novo certificado, um processo que pode levar dias;
Para o trabalho em equipe, o modelo se mostra pouco eficaz, forçando o compartilhamento físico do token, o que é ineficiente e anula o propósito da segurança individual.
Como posso usar o certificado digital A3 pela primeira vez?
Se você fez um certificado digital A3, o processo inicial de uso envolve alguns passos simples, mas essenciais. Primeiro, é necessário instalar os drivers que funcionam como tradutores entre o seu token ou leitora de cartão, e o sistema operacional do seu computador.
Sempre que um sistema ou site solicitar sua assinatura, ele irá detectar o certificado e pedirá que você digite sua senha PIN para autorizar a transação.
Esse processo de instalação poderá ser necessário em cada novo computador que você for utilizar, o que pode representar um atrito adicional.
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