Gestão de conflitos: a importância de uma boa liderança!
Resolver diferenças e divergências, e tomar decisões colaborativamente são formas de preservar os valores e conquistar os objetivos e metas nas organizações.
Nesse sentido, as estratégias de gestão de conflitos surgem para garantir que todas as pessoas que trabalham em uma instituição obtenham o seu devido reconhecimento, por meio de práticas que garantam que os valores e códigos de conduta das empresas sejam adotados naturalmente.
Cada vez mais valorizada no mercado, aprimorar os conhecimentos sobre a gestão eficiente de conflitos pode ajudar as organizações a alcançar melhores resultados de produtividade, além de contribuir para uma boa reputação em seu campo de atuação e no clima organizacional.
Neste artigo, falamos sobre o que engloba a gestão de conflitos e qual a sua importância. Também trazemos algumas recomendações e boas práticas para que você saiba como administrar conflitos quando eles ocorrerem, e quais ações podem ser tomadas a fim de prevenir conflitos desnecessários, resultando em uma cultura empresarial mais inclusiva e colaborativa.
O que se entende por Gestão de Conflitos?
A gestão de conflitos integra a gestão de uma instituição, incumbida de mediar, conciliar e reparar (quando necessário) as partes envolvidas em conflitos relacionados à empresa. A pessoa profissional em Gestão de conflitos geralmente tem um perfil mediador e apresenta domínio nas habilidades de gestão de pessoas, mediação de conflitos e justiça restaurativa.
Algumas empresas podem contar com um profissional dedicado exclusivamente a criação de acordos, medidas, limites e ações específicas para promover um ambiente de trabalho mais justo, seguro e sustentável nas organizações.
Em empresas de maior porte, é comum haver um departamento dedicado a esse tipo de atividade. Quando não, profissionais de Recursos Humanos podem atuar em cooperação com a Diretoria e as lideranças para a melhor resolução desses conflitos.
Dessa forma, a gestão de conflitos está relacionada a diversas atividades recorrentes nas empresas, como as divergências em relação a decisões de projeto e desenvolvimento de um produto, feedbacks, ou até mesmo ações de celebrações e eventos da instituição em que ocorram conflitos, por exemplo.
Por isso, mesmo que uma instituição não tenha uma área ou uma pessoa dedicada a isso, é de grande importância promover treinamentos e capacitações relacionados ao tema, incentivando uma cultura humanizada, e que priorize a construção de relacionamentos interpessoais com ética e respeito às diferenças.
A seguir explicamos um pouco mais a fundo a importância desse setor, e como ela impacta no clima organizacional das instituições.
Qual a importância da Gestão de Conflitos?
Promover uma cultura colaborativa é parte essencial do engajamento dos times. Ela ajuda nas resoluções de conflitos, como também reforça a importância do trabalho de cada um para que objetivos e metas sejam conquistados nas organizações.
Além disso, a gestão de conflitos incentiva melhorias na comunicação entre instituição e colaboradores, garantindo um relacionamento interpessoal mais efetivo e otimizando a qualidade e a pontualidade nas entregas. Pensando nisso, vale destacar que a gestão de conflitos também contribui promovendo ganhos em produtividade e melhora a colaboração mútua entre os times.
Uma pesquisa feita pelo The Happiness Index junto a empresa de benefícios e engajamento Pluxee, de 2024, investigou os índices de insatisfação e engajamento de mais de 23 mil colaboradores. O resultado apontou o índice de felicidade no trabalho dos brasileiros 4% abaixo da média global. O índice entre as regiões do Brasil também mostrou a região Norte com os maiores índices de felicidade e a Sudeste com os menores.
Entre as principais causas de insatisfação estão a falta de reconhecimento, precariedade das condições e das relações de trabalho, a falta de capacitação atitudinal das lideranças, baixa perspectiva de crescimento profissional e a defasagem salarial. Todos esses aspectos citados podem ser impactados positivamente por meio de uma gestão de conflitos que seja efetiva e que reconheça as individualidades de cada colaborador, sem deixar de lado os valores pautados pelas instituições e empresas.
Afinal, é natural e esperado que ocorram divergências de opinião, porém, existem estratégias para que isso não dispare situações que possam deixar colaboradores vulneráveis ou que haja incômodos entre as pessoas. Por isso, a gestão de conflitos no trabalho é algo que deve ser considerado para o crescimento sustentável do negócio.
Benefícios de uma Gestão de Conflitos eficiente
As vantagens em realizar a gestão de conflitos são variadas e de alto impacto na cultura organizacional, aqui listamos as principais:
- Engajamento: quando os conflitos são mediados e resolvidos com transparência e horizontalidade, é estimulado o senso de pertencimento e a valorização das pessoas. Isso impacta diretamente no engajamento dos times e comprometimento com os objetivos.
- Taxa de rotatividade e ausências: ao estimular o engajamento, é possível observar o aumento da satisfação dos colaboradores, e como resultado, a redução da rotatividade e faltas não justificadas.
- Reputação: ao promover uma cultura de pertencimento, os próprios colaboradores tornam-se grandes promotores da sua marca, levando uma mensagem positiva que ajuda na percepção do mercado sobre o seu negócio.
- Cultura organizacional: é fortalecida com uma comunicação interna empática, escuta ativa sobre as necessidades das pessoas e o reconhecimento das diferenças, aumentado os índices de colaboração entre os profissionais.
A seguir, entenda quais os conflitos mais comuns nas organizações e como a gestão de conflitos atua nestes casos.
Tipos de conflitos
Desacordos e inconsonância de opiniões são comuns no universo do trabalho, e podem estar relacionadas às questões pessoais, profissionais ou organizacionais, o que pode gerar problemas no dia a dia.
No aspecto profissional e organizacional, entram as divergências em relação às metas e objetivos da empresa, a mé integração entre diferentes áreas, resistência a novos processos, comportamento indevido de lideranças, criação de prazos inalcançáveis, falhas na comunicação interna e a falta de transparência na transmissão das informações.
Já quando falamos no aspecto pessoal, podemos citar as práticas abusivas e autoritárias entre as pessoas, e o não cumprimento dos acordos preestabelecidos nos códigos de ética e conduta das instituições como alguns exemplos.
O estímulo à alta competitividade entre pares de trabalho, o cerceamento e o microgerenciamento também são fatores que podem gerar problemas inter-relacionais e afetar diretamente os objetivos atrelados ao trabalho em conjunto, o que pode gerar prejuízo em receita para as empresas.
Dicas de como evitar conflitos
No universo do trabalho sempre existirão conflitos, então a recomendação aqui não é necessariamente para evitá-los, mas sim, sobre como desenvolver habilidades que contribuam para a sua vida profissional. Veja algumas habilidades relevantes para uma gestão de conflitos eficiente e justa:
- Escuta ativa: mediar conflitos demanda escutar todas as partes sem a elaboração de julgamentos morais, focando na necessidade compartilhada que surge no relato da pessoa escutada. Isso reforça o reconhecimento e respeito ao outro e promove um espaço de confiança e vínculos verdadeiros.
- Comunicação: a capacidade de se comunicar bem com diferentes pessoas diz respeito não só à transparência e clareza, mas também à inclusão. Respeitando as diferenças e características comunicacionais de cada um, criando um espaço em que todos se sintam confortáveis para expressar-se de forma genuína.
- Inteligência Emocional: mantenha-se emocionalmente distanciado e foque na resolução do conflito, baseando-se sempre em fatos e ações concretas. Nos casos em que o seu envolvimento no conflito seja muito intenso, pode ser uma boa estratégia convidar outra pessoa não relacionada ao conflito na empresa para ocupar a posição de mediador.
- Sensibilidade e imparcialidade: busque sempre demonstrar uma perspectiva resolutiva e positiva, porém sempre com a sensibilidade para questões e tópicos que podem ser mais emotivas para alguma das partes, isso cria uma relação de confiança entre todas as partes envolvidas no processo.
- Capacitação e treinamentos: uma rotina de desenvolvimento em habilidades comportamentais de relacionamento interpessoal para as equipes e novos colaboradores pode contribuir para uma cultura organizacional mais positiva.
Outra ótima dica é testar tudo o que falamos até aqui e observar os impactos gerados nas relações interpessoais no cotidiano do trabalho.
Como é feita a Gestão de Conflitos?
Existem algumas formas de fazer a gestão de conflitos de uma organização. Para cada tipo de conflito, a depender do contexto situacional apresentado, pode ser que uma ou outra abordagem faça mais sentido. Conheça agora algumas estratégias de negociação para realizar a gestão eficiente dos conflitos.
- Mediação: é uma estratégia que conta com o apoio de uma pessoa mediadora, que atua como facilitadora da comunicação entre as partes e o entendimento para poder ser estabelecidos acordos a serem cumpridos. Lembre-se que o objetivo de uma mediação é a compreensão mútua das partes envolvidas no conflito.
- Arbitragem: nesta abordagem há também a figura mediadora, porém é ela que dará o parecer final sobre as decisões para a resolução do caso. Pode ser necessária em conflitos em que somente a mediação não chega a um acordo.
Importante destacar que a prevenção também faz parte da gestão de conflitos, dessa forma, é necessário que a pessoa ou o departamento responsável estabeleça e execute processos que tenham por objetivo a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo, o respeito às diferenças e a colaboração entre os times.
Quais as etapas da Gestão de Conflitos?
A seguir trazemos uma visão geral de como poderia ser abordada a sequência de ações a serem tomadas para uma resolução de conflito. Em resumo, isso envolve as fases de identificação e reconhecimento do conflito, escuta e análise da situação, intervenção e resolução ou reparação.
No momento de identificação, investiga-se a gravidade do conflito, sendo levantado quem são as pessoas envolvidas e quem precisará participar do processo de resolução. A estratégia aqui será sempre entender o contexto que levou o surgimento do conflito antes de passar para a próxima fase.
Finalizado o mapeamento e compreensão do contexto situacional, segue-se para os procedimentos de análise e escuta das partes envolvidas. Nesta etapa é crucial haver pessoas aptas para analisar a situação sem viés emocional ou moral, como também avaliar as comunicações e localizar o que pode ter sido fator ou fatores disparadores para o conflito em questão. É nessa fase que são levantados os argumentos para a proposição de uma resolução ou reparação que seja justa e contemple as partes do conflito.
Após todos esses processos, é hora de colocar em prática as ações levantadas para a melhor resolução. É nesse momento que entra em ação a mediação e as resoluções práticas para a construção de uma solução que seja aceita pelas partes envolvidas.
Com a resolução concluída e a experiência adquirida, é hora de avaliar o que a organização aprendeu, quais foram os desafios e o que pode ser feito para que tal situação não ocorra novamente, ou, caso ocorra, seja resolvida com ainda mais facilidade.
Quem deve liderar a Gestão de Conflitos?
De maneira geral, é recomendado que as lideranças sejam capacitadas para realizar a gestão de conflitos. Mesmo nas empresas que tenham uma pessoa encarregada ou um departamento específico, uma estratégia que funcione deve englobar a capacitação das lideranças em todas as áreas de uma empresa, para que os valores da organização possam ser transmitidos à todas as pessoas de forma mais natural no dia a dia. Afinal, a cultura de uma organização é algo vivo e em constante mudança. Por isso, o aprimoramento contínuo em soft skills e habilidades inter-relacionais deve ser algo a ser considerado quando tratamos de gestão de conflitos.
Quando a instituição consegue estabelecer uma política de conduta e ética explícita, com valores e objetivos alinhados aos seus colaboradores, os resultados podem ser percebidos em produtividade, colaboração, inovação e criatividade na proposição de soluções do cotidiano do trabalho.
Conclusão
Como podemos entender lendo esse artigo, os conflitos fazem parte da rotina de instituições inovadoras que estimulam o pensamento crítico. Por isso a importância em construir relações de trabalho saudáveis, seja com clientes ou colaboradores.
Ao investir na capacitação das lideranças em mediação, escuta e negociação, é possível realizar a prevenção e a resolução de conflitos de forma muito mais vantajosa tanto para as pessoas como para a própria instituição.
Estimular o senso de pertencimento, a confiança, o respeito e a colaboração garante o fortalecimento da cultura organizacional de uma organização, promovendo um ambiente de trabalho mais justo e em equilíbrio entre as pessoas que ali se relacionam. Isso gera a oportunidade de crescimento pessoal e profissional, além da ampliação da reputação no mercado.
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